Carregando...

Acompanhe as últimas notícias sobre contabilidade nas principais áreas.

Macroeconomia no Brasil passará por estabilização em 2023

Macroeconomia no Brasil passará por estabilização em 2023

Especialista comenta pautas como crescimento econômico, empregabilidade, estabilidade de preços, segmento industrial e como isso pode influenciar a economia brasileira durante o ano

Inflação, desemprego, investimento externo e outras questões que envolvem a economia brasileira impactam diretamente diferentes segmentos de mercado. Tendo os desafios desse cenário para solucionar, o governo atual listou objetivos da macroeconomia para fomentar o crescimento econômico, o pleno emprego, estabilidade dos preços e o controle inflacionário.

Durante evento da Febraban em novembro de 2022, Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, comentou que a inflação mundial está em um pico que, ao que tudo indica, tende a desacelerar ou estabilizar. E, caso estabilize, o desafio será mantê-la dentro do controle para que a economia volte a reagir.

Dessa forma, estão ligados a essa ação números de renda (e distribuição de renda), PIB, empregabilidade, crescimento econômico, etc. “Como a macroeconomia reforça o que o mercado estrangeiro compreende de um país, observar quais são as tendências para essas áreas pode ajudar a fazer algumas previsões para o Brasil”, explica Carlos Eduardo Boechat, Diretor Associado de Industry X na Accenture, palestrante, mentor e especialista em transformação digital de alto impacto em empresas e profissionais.

O cenário atual em diferentes setores

Quanto ao desemprego, a boa notícia é que os números estão caindo. De acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios Contínua (PNAD) divulgada no site do Governo, a taxa de desocupação de agosto a outubro ficou em 8,3% (9 milhões de pessoas). A pesquisa aponta que é a menor taxa de desemprego registrada no período desde 2014. “As previsões para o ano de 2023 refletem uma perda e, portanto, há expectativa de desaceleração do crescimento que se mantinha desde o 3º trimestre de 2021”, conclui Boechat.

Assim como no ano anterior, uma medida que tem relação direta com o poder de compra do brasileiro é, justamente, a adesão ao Auxílio Brasil. No início de janeiro o atual presidente assinou a medida provisória que garante esse benefício, assim como o Auxílio Gás. “A medida, além de política, impacta diretamente no poder de consumo das famílias mais pobres do país. Levando em consideração o número de desempregados e também de pessoas em situação de vulnerabilidade, pode ser uma medida emergencial”, diz Boechat.

Outra discussão presente no governo é o chamado teto de gastos. Recentemente o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Sustentável (BNDES), Gabriel Galípolo, afirmou que a média de gastos comparada com a arrecadação nacional demonstra que o país concentra renda e gasta muito sem desenvolvimento sustentável. Para Boechat “a tendência é que o governo de Lula invista mais em saneamento, transição energética e mobilidade urbana. Assim, além de um desenvolvimento mais pronto para o futuro, também acaba incentivando a economia a voltar a crescer”.

Durante o processo transitório também podem haver as demonstrações de interesse de outros países no que diz respeito a novos investimentos. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou em novembro de 2022 que fará investimentos de mais de R$158 milhões de reais na mineração brasileira. Para o especialista, “o Brasil deseja diminuir a dependência das cadeias produtivas dominadas pela China. Com isso, o país se beneficia de investimentos fundamentais que garantem mais emprego, renda e possível crescimento de mercado, principalmente da indústria”, afirma Carlos Eduardo Boechat.

Já o setor de construção civil projeta, segundo dados da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), uma previsão de menos de 5% de crescimento. A posição ainda é otimista e leva em consideração a economia mantendo o nível de crescimento e nenhuma perda ou crise. A estimativa positiva considera a venda de imóveis e novos financiamentos, além das construções e reformas em residências. “As previsões do setor caminham para um avanço de até 2% em 2023, desde que os programas habitacionais e os incentivos governamentais pesem para esse consumo”, finaliza Boechat.

Preve-se que com a nova gestão e instituição dos Ministérios, novas medidas e complementações poderão surgir para reaquecer a economia e beneficiar o crescimento de empresas, indústrias e profissionais.

×

Atendimento WhatsApp

×